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Título
Rompendo silêncio na Universidade: sentidos, configurações, representações de poder e censura nos espaços de saber no regime da ditatura militar no Maranhão
Autor (es)
Raimunda Ramos Marinho
Resumo
Aborda a relação ditatura civil militar e censura nas instituições de ensino superior apontando as principais mudanças no âmbito do sistema educacional do período. Este texto tem como objetivo central descortinar a montagem e o monitoramento do regime militar brasileiro (1964-1985) contra as comunidades universitárias, especial na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) trazendo uma contextualização histórica dos aparatos repressivos montados pelo governo para o controle ideológico das diversas manifestações e produções universitárias no cotidiano da instituição, cujos conteúdos foram considerados subversivos e contrários às ideologias das reformas e moldes do regime vigente no país. Naquele estágio, essas instituições de capital cultural, ainda que com limites, tiveram trajetórias heroicas face aos peculiares encômios da proibição e censura aos livros e impressos, como a labuta contra invasões, saques e fechamentos de acervos, acontecimentos comuns na ditadura brasileira, explicativa encontrada comumente nos estudos ao tratar sobre os pontos essenciais de sobrevivência à repressão. Na pesquisa se utiliza os procedimentos da pesquisa bibliográfica, e a análise documental a partir dos arquivos da Comissão Nacional da Verdade (CNV) disponíveis no Arquivo Público do Estado do Maranhão, e a imprensa periódica. A análise das fontes foi feita realizada através do reflexões historiográficas idealizadas por Kosik, Jacques Le Goff e De Certeau buscando explicitar as ‘zonas silenciosas’ do cotidiano político educacional da universidade pública, de modo singular em um determinado contexto político e histórico-social ao se pensar em células e dimensões que retratam a expropriação do direito à informação sob o intervencionismo estatal, seguindo os ditames das disputas políticas partidárias como instância de regulação social. Os dados apontam que no manto político do Maranhão no arco temporal que vai de 1964 até 1985, o conjunto de imagens sobre as ações da censura e repressão aos impressos, monitoramento na comunidade acadêmica da UFMA foi constante durante o regime militar, atingindo firmemente o grau de autonomia, e de legitimidade política e intelectual na organização interna com reflexos na manipulação do capital político e simbólico, inclusive sem desenvolver práticas alternativas nas/por instituições de memória para restabelecer os direitos dos cidadãos cuja circulação acontece a partir da produção informacional, inclusão e preservação de materialidades constituídas de memória.
Palavras-chave
Reforma universitária
|Ditadura-Educação.
|Universidade – Maranhão.
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