L_C__H_dos_S_.pdf
Titulo
EDUCAÇÃO DAS MULHERES NO BRASIL IMPÉRIO: do polimento cultural à construção de educadoras
Autor (es)
Leandro de Almeida Costa
|Hellen Alice Bandeira Alves dos Santos
|Elizânia S. do Nascimento
Resumo
Na presente comunicação, objetiva-se estabelecer parâmetros entre os desafios, dicotomias e inovações no que tange a educação feminina – enfatizando as mulheres brancas e livres no decorrer dos anos do império brasileiro, a partir da conjuntura social, política e econômicas instituídas entre os anos de 1830 á 1890. Busca-se especificamente compreender as nuances da época em relação à instrução pedagógica e as relações de gênero. A análise teve como base bibliográfica a apreciação de estudiosos como Aparecido Manoel (1996) e Guacira Lopes Louro (1997), que avaliaram a escolarização para as mulheres como não sendo uma preocupação até o final do século XIX. A instrução feminina nesse contexto tinha como base o polimento sociocultural, envolvendo questões como a moral, a família, a disciplina e a perspectiva matrimonial, não sendo por muitas vezes direcionada a uma educação de cunho profissionalizante, consistindo este fator uma característica marcante do papel feminino em uma sociedade patriarcal. Utilizando-se da metodologia da análise iconográfica, da pesquisa documental, de notícias vinculadas através do jornal Diário de Pernambuco, e das leis e decretos instituídos durante o império brasileiro pela assembleia legislativa, o trabalho encontra-se embasado na perspectiva historiográfica da história comparada. Tendo por objetivo fomentar a discussão acerca do tema e ampliar o conhecimento em torno da formação das bases pedagógicas na perspectiva de sua feminização, sendo essencial compreender as mudanças que ocorreram na educação à volta da mulher imperial, até sua entrada nas escolas como agentes educadoras, considerando uma pequena abordagem entre a ideia de controle social supracitada, e a distinção de gênero em meio à profissão de educador. Por fim, apresentam-se os resultados obtidos na pesquisa, que revelam os paralelos que arquitetaram o magistério como espaço naturalizado de atuação de mulheres, que hodiernamente pode ser identificado em meio ao quadro organizacional pedagógico vigente, evidenciando as consequências da tardia instrução didática ao redor da população feminina.
Palavras-Chave
Brasil Império
|Gênero
|Educação