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Título
EDUCAÇÃO NO MARANHÃO E GRÃO-PARÁ NO FINAL DO XVIII E COMEÇO DO XIX
Autor (es)
Flávio P. Costa Júnior
Resumo
Na virada do século XVIII para o XIX a Coroa portuguesa incentivou o desenvolvimento do conhecimento de seus súditos americanos de duas formas. Primeiro com envio de impressos científicos que portassem as técnicas e conhecimentos modernos que estavam sendo realizados na Europa, e por isso parte destas obras eram traduções de outros idiomas. Mas também eram memórias inéditas produzidas pelos sócios da Academia das Ciências de Lisboa, publicadas com aval real, principalmente na Tipografia do Arco do Cego, que fora instituído exclusivamente com este objetivo. Estes impressos enviados para diversas partes do Império pluricontinental português tinham principalmente a temática agrarista, mas também possuíam outros temas como química, mineralogia, história, dentre outros. A outra forma para desenvolvimento da educação foi a concessão de bolsas para os luso-americanos estudarem em Portugal. É importante frisar que na América portuguesa era proibido instituições de ensino superior e por isso era necessário aos súditos americanos ir para o Reino obterem esse tipo de formação. A instituição que tinha a primazia era a Universidade de Coimbra, mas também haviam outras como era o caso da Academia Real da Marinha. O interesse da Coroa para que os seus súditos americanos desenvolvessem nos estudos estava diretamente relacionado a forma como a política portuguesa entendia a necessidade de conhecer melhor as suas possessões. Por isso era de extrema importância que houvessem pessoas gabaritadas cientificamente para atuar nas pesquisas das potencialidades econômicas que a natureza pudesse oferecer para o Império. Isto é uma característica importante para a educação de então, pois a ciência não serviria para os propósitos do Império se não fosse pragmática. Na capitania do Maranhão, no governo de D. Diogo de Sousa (1798-1804) além de ter sido enviados indivíduos para estudarem no reino, o próprio governador solicitou que fosse instituída a cadeira de História Natural e Química para os habitantes locais. Já em outro sentido, o governador D. Francisco de Sousa Coutinho no Grão-Pará (1790-1803) defendia que se deveria diminuir o número de cadeiras, por achar desnecessário e desperdício de recursos o estudo de gramática latina e retórica na região. Por meio do uso da documentação do Arquivo Histórico Ultramarino (AHU), o objetivo deste trabalho é avaliar como a política portuguesa e a local atuaram no conhecimento de luso-maranhenses e luso-paraenses no período.
Palavras-chave
Império Português
|Maranhã.
|Grão-Pará.
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