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Título
DO ASSISTENCIALISMO AO CUIDADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: impertinências e impossibilidades ou necessidades e possibilidades?
Autor (es)
Maria José de Melo Alvim Aguiar
Resumo
Esta investigação apresenta reflexões decorrentes de um estudo da educação infantil com foco no percurso histórico das políticas públicas assistencialistas a partir do período republicano no Brasil até os dias atuais, em que a educação infantil mantinha-se sob égide do assistencialismo visando o combate à pobreza e chega como primeira etapa da educação básica pela Constituição 1988 como projeto educacional, trazendo consigo desafios educacionais e profissionais, ao considerar a natureza dessa etapa e os limites do processo pedagógico. Questiona se não seria pertinente pensar no assistencialismo político como recurso social complementar à ação educativa da criança pequena, em vista desse momento ser constitucionalmente uma etapa de união entre a família e a escola. Considerando que a criança pequena, enquanto sujeito, requer cuidado e ação pedagógica que compreenda e respeite suas especificidades como direito. Propomos a estudar as possibilidades ou impossibilidades da relação cuidar e educar, partindo do princípio assistencialista instituído historicamente na educação infantil e que as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil abordam a indissociabilidade do cuidar e o educar, ao conceber a criança como sujeito ativo que necessita viver a infância interagindo com o mundo. Objetiva-se, compreender a interrelação do percurso histórico do assistencialismo na educação infantil, sua confluência com os cuidados da criança pequena; reconhecer a presença do cuidar como ação pertinente ao processo educativo da infância e identificar possíveis caminhos para superação do distanciamento das políticas assistencialistas do processo pedagógico. Estrutura-se numa pesquisa de cunho qualitativo e bibliográfica, em que a leitura de impressos, corroboram para a sistematização do trabalho por meio de apontamentos, citações, fichamentos e resumos desses materiais, bem como, numa pesquisa de campo com aplicação de questionários a professores e coordenadores de várias escolas do município do Maranhão. Tomamos os estudos dos pesquisadores Zilma de Moraes Oliveira (2010), Moysés Kuhlmann Júnior (2000), como base referencial para esta pesquisa. As primeiras impressões com as pesquisas realizadas apontam para a existência da ação assistencialistas por meio de programas governamentais que alcançam crianças, sobretudo, em classes desfavorecidas economicamente, bem como o desafio de compreender a ação de cuidado como ação educativa ainda persistem, confundindo-se por vezes com o trabalho das antigas amas ou das atuais babás.
Palavras-chave
Assistencialismo
|Cuidado
|Educação Infantil.
Title
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